No momento de tomar alguma decisão, quantos de nós já não “ouviu” conselhos dentro de nossas mentes que diziam aquilo que deveríamos fazer: “Vai lá, faça isso que você vai gostar” e, ao mesmo tempo, “não faça isso, pois não é certo”. Se a mente é uma só, como que podemos ter esse embate de posicionamentos dentro de nossa cabeça? A nossa mente é dividida basicamente em duas partes: consciente e inconsciente. Metaforicamente falando, a parte consciente seria a parte visível de um iceberg, ou seja, apesar de nítido, representaria um pequeno, insignificante e superficial traço de nossa personalidade. Enquanto a maior parte,seria o inconsciente o lado submerso do iceberg, estaria oculto e conteria os nossos instintos.
Em 1923, Freud definiu a existência do id, ego e superego. ID: representa os processos primitivos do pensamento e as características atribuídas ao sistema inconsciente. É regido pelo princípio do prazer imediato, se apresenta na forma de instintos que impulsionam o organismo, estando relacionado a todos os impulsos não civilizados, de tipo animal. Seria a voz que diria em nossa cabeça “Se está com vontade, vá e faça”. É o “querer”.
EGO: surge por volta dos 2 ou 3 anos de idade e atua de acordo com o princípio da realidade, estabelecendo o equilíbrio entre as reivindicações do id e as exigências do superego com relação ao mundo externo. O ego localiza-se na zona consciente da mente. Enquanto o id e o superego são as vozes antagônicas, o ego é o responsável pela tomada de decisão.
SUPEREGO: é a parte que reprime o id, representando os pensamentos morais e éticos civilizados. Origina-se do complexo de Édipo, a partir da internalização das proibições, dos limites e da autoridade. O superego surge a partir dos 4 ou 5 anos de idade. É a entidade psíquica que supervisiona o cumprimento das regras morais é o nosso indicativo interno das normas e valores sociais, e a noção do bem e do mal que foram transmitidos pelos pais à criança. O superego seria a voz que diria “não faça isso, pois não é certo”. É o “dever”.
Freud acreditava que estas estruturas da psique existem em absolutamente todas as pessoas, claro que cada uma à sua própria maneira, mas essas estruturas são partes indispensáveis do processo mental. No entanto, Freud também acreditava que a luta entre o id, o ego e o superego às vezes gera conflitos no processo mental que, por sua vez, produz sofrimento ou até mesmo transtornos mentais.
É fundamental que haja um equilíbrio entre ID, EGO e SUPEREGO, e a psicanálise serve para equilibrar essas forças que estão em constante luta. O objetivo da Psicanálise é trazer luz a verdadeira natureza desses conflitos e bloqueios que são as causas dos transtornos mentais. (Félix Pequeno é psicólogo e psicanalista).
É fundamental que haja um equilíbrio entre ID, EGO e SUPEREGO, e a psicanálise serve para equilibrar essas forças que estão em constante luta. O objetivo da Psicanálise é trazer luz a verdadeira natureza desses conflitos e bloqueios que são as causas dos transtornos mentais. (Félix Pequeno é psicólogo e psicanalista).
E você age mais pelo id ou pelo Superego? Seu Superego é severo, sensato ou excessivamente permissivo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário